A Capela de São Raimundo Nonato iniciou sua construção em 1941 com Frei Heliodoro Maria de Inzago. A população era pequena, mas, muito participava e auxiliou o idoso capuchinho participativa e auxiliou o idoso capuchinho transportando o material para a construção.O Sr. João Anselmo da Silva Cardoso cedeu o seu quintal para a confecção dos adobos que seriam usados para levantar o prédio.Este era o material mais comum, naquela época. O tijolo de alvenaria era raro e, quando aparecia, era com um preço muito elevado. Homens, mulheres e crianças engajaram-se no trabalho com muito entusiasmo.Todos queriam colaborar. Alguns contribuíam financeiramente, outros davam o seu dia de serviço e, assim, participavam do grande mutirão. O casal João Antonio de Sousa(falecido) e sua esposa são moradores desde 1946. Ele trabalhou como voluntário na construção da capelo do bairro. O transporte do material era feito nas costas ou com auxilio de animal. Todo trabalho era dirigido pelo Sr. Cardoso que, além de ajudar o Frei Heliodoro, ainda hospedava o bom frade e a quem mais necessitasse. Na colocação do teto um dos trabalhadores caiu e veio a falecer.Foi um dia triste, mas o serviço não parou. A capelinha ficou pronta e foi inaugurada para a alegria de todos que deram a sua contribuição. Em 1947, surge a idéia de se construir um Igreja maior, a população aumentava e a capelinha tornou-se pequena. Mas o terreno não era suficiente. Frei Heliodoro novamente entra em ação e consegue com Prefeitura um faixa de terra disponível, próximo a capelinha. Nesta época merece destaque o casal de paroquianos, Sr. José Ferreira e a Sra. Antônia Lima de Sousa. Este casal substituiu o Sr. Cardoso na dedicação aos trabalhos pastorais e na tarefa de hospedar os padres missionários. O Sr. José Ferreira era um fiel devoto de Maria e diariamente rezava o terço às 18 horas.
COMO SURGIU A NOSSA IGRELA MATRIZ
No festejo de 1954 colocou-se solenemente a pedra fundamental da nova Igreja. Foi um dia de júbilo para os paroquianos, representados na solenidade pelo Dr. Gerardo Vasconcelos. Ele marcou este momento com um discurso emocionado. Contudo, a construção da nova igreja não foi iniciada com brevidade tendo em vista o afastamento de Frei Heliodoro. Ele assume como superior do Convento de São Benedito. Frei Carmelo assume a capelinha no período de ausência do Frei Heliodoro. Limitou-se a prestar assistência espiritual. O sonho de construção da matriz foi adiado. Frei Eliezer chega, em 1955, para iniciar a sua construção. Ele faz a planta e começa com o povo um grande mutirão, a exemplo de Frei Heliodoro. Todas as tardes de domingo reunia-se com homens, mulheres, jovens, crianças e idosos para realizarem a famosa procissão da areia. Dirigiam-se ao Rio Poti com seus baldes, latas pequenas, médias e grandes, conforme a capacidade de cada um. Enchendo suas vasilhas eles retornavam trazendo o indispensável material para a construção. O carroceiro, Sr. José “Rolado” também contribuiu com o transporte de material e ainda convocava os seus colegas para ajudarem neste serviço. Diariamente ele cuidava para que as primeiras carradas do dia fossem de areia para o aterramento do interior da igreja. Assim elas transformaram o antigo barreiro num terreno firme para uma sólida construção de nossa matriz, livre de futuras rachaduras. Foram estes longos dias de trabalho árduo. Entretanto, dias de muita diversão e ninguém tinha preguiça ou queixume. Frei Eliezer começou fazendo o trabalho de engenheiro, mestre de obras e pedreiro. Era muito disposto. Com sua batina surrada e um chapéu de palha na cabeça ele fazia coisas de causar admiração. E apesar da construção, ele não parava a assistência religiosa na capelinha que passou a ter duas missas dominicais. Acompanhava também as diversas pastorais. No ano seguinte, 1956, foram realizadas quatro festas de grande porte: o São João, o padroeiro São Raimundo Nonato, São Benedito e o Natal. O povo participou, contribuiu generosamente e o ano findou com 1 194 m2 de parede construída, contando também com o trabalho de pedreiros voluntários que aproveitavam o horário noturno para colaborar gratuitamente com a elevação da casa de Deus. Dentre eles podemos citar: Benedito Batista da Silva, vulgo Sibita, funcionando também como meste de obras na ausência de Frei Eliezer; o Sr. Manoel e o Sr. Quincas. Estes contavam com os ajudantes de obra Eduardo e o Estêvão, irmãos de D. Rita Sabino. Contribuíram também os marceneiros Pedro Frederico e Mestre Galvão. O novo Arcebispo, Dom Avelar Brandão Vilela, veio visitar as obras da nova Igreja e achou as laterais pequenas. A comunidade acatou a sugestão e resolveu ampliá-la. Derrubou as paredes e aumentou 7 metros, em cada lateral e na parte da frente da construção. Em 1957, foi comprado o terreno próximo a Igreja destinado a um clube de jovens que não foi construído. Neste período era o superior do convento de São Benedito Frei Hortêncio Maria de Trevilio e Frei Eliezer Maria de Marazzone permanecia como encarregado de São Raimundo Nonato. Aproveitou o espaço e construiu-se o prédio do antigo jardim Frei Heliodoro. Em maio 1958, Frei Eliezer entra de férias e viaja para a Itália. A comunidade exige dele o compromisso de deixar a Igreja coberta ou com o telhado iniciado. O bom vigário cumpre a exigência. Frei Jeremias de Prata chega a nossa capela para assumir durante a ausência de Frei Eliezer. Faz um grande movimento religioso e termina a cobertura da igreja. Construiu as calçadas, os compartimentos ao lado da sacristia e, no final do ano, entrega a nossa igrejinha a Frei Eliezer que retorna da viagem de férias. Empolgado e revigorado das férias, Frei Eliezer continua a obra. Constrói o altar de nossa igreja, o presbitério e coloca o piso de tijolos. Consigo trouxe a Imagem do nosso padroeiro, São Raimundo Nonato, com um metro e setenta de altura para colocar no seu altar principal. Em fevereiro de 1959, Frei Eliezer foi transferido para Imperatriz/MA. Veio para São Raimundo Frei Abel Maria de Palmácia que continou o trabalho com o mesmo fervor. Em 3 de dezembro de 1959, Frei Abel começa o reboco interno da Igreja e, em fevereiro de 1960, é transferido, retornando o nosso bom e incansável Frei Heliodoro. Ele deu continuidade ao trabalho de construção com a instalação hodráulica e elética da matriz. Prosseguiu o reboco das paredes, a colocação das portas e a ventilação das janelas. Frei Heliodoro providenciou, tembém, a pia batismal. Era costume da época as igrejas realizarem os batizados nesta pia apropriada que era assentada na nave central da igreja, próximo a porta principal. Comprou o antigo sacrário, a escada do coro e os dois altares laterais. Continuou a construção da torre da igreja, iniciada por Frei Eliezer. No mesmo ano ele funda o grupo do Apostolado da Oração para dar maior vigor espiritual aos trabalhos pastorais com o seu trabalho de intercessão. Em abril de 1962 Frei Hermes fica encarregado pela nossa igreja porque o bom frade Frei Heliodoro viaja para à Itália. Ele funda a Cruzada Eucaristica Infantil e organiza o coral. A antiga capelinha, ao lado da igreja-matriz, não ficou abandonada. Nela passa a funcionar o posto médico, fundado por Frei Eliezer. Frei Hermes viaja à Itália e retorna, como encarregado, o nosso Frei Heliodoro que cuido do bem espiritual. Frei Hermes retorna da Itália e traz os sinos e o relógio da torre. Continua o prédio da nova Igreja construindo uma caixa d´água. Em fevereiro de 1964, Frei Hermes vai transferido. Vem como encarregado de São Raimundo Nonato, Frei Narno Maria de Gorlago, que conosco permaneceu um ano. Reformou a instalação elétrica, consertou a velha capela, organizou a catequese, melhorou o coral, aumentou o número de acólitos e confeccionou batinas para eles. Frei Narno é transferido e volta Frei Eliezer que continua a boa organização paroquial. Ele providencia a confecção de 30 banco pequenos para as crianças. Em julho de 1965, Frei Eliezer volta à Itália. Frei Narno retorna a São Raimundo, organizando a páscoa do ano seguinte, conforme exigências modernas. Em julho de 1966, volta Frei Eliezer da Itália e continua, em São Raimundo, o seu trabalho paroquial. Compra a casa do sacristão, pertinho da Igreja e providencia a compra de vinte quatro bancos grandes e vinte e quatro tamboretes. O seu trabalho foi continuado por Frei Heliodoro e Frei Elísio, dentre outros, seus sucessores. A conclusão da igreja, como toda a sua construção, contou com a colaboração dos paroquianos. O altar de mármore foi oferta da família Fortes e o piso mosaico, comprado na Cerâmica da mesma família com um bom desconto no preço. Assim, se fez conclusa a nossa igreja. Obra de um povo reconhecido que retribui ao seu criador as riquezas que lhe são diariamente oferecidas. Uma igreja feita em mutirão. Nossa capelinha deu lugar a um belo prédio e elevada a categoria de Igreja Matriz de São Raimundo no dia 21 de abril de 1967. O decreto foi assinado pelo Sr. Arcebispo Metropolitano D. Avelar Brandão Vilela e o Chanceler da Cúria era o Pe. Antônio Rego.
Decreto de criação da Igreja Matriz:
“Dom Avelar Brandão Vilela, por mercê de Deus e da Santa Sé, Arcebispo de Teresina. Aos que este nosso decreto virem, Paz e Benção em Nosso Senhor Jesus Cristo. Fazemos saber que tendo em vista o crescimento demográfico da paróquia de São Benedito de Teresina e ouvidos os consultores arquidiocesanos o Revemo. Custódio dos padres Capuchinhos e pároco da referida freguesia; Havemos por bem desmembrar parte do território, criar e erigir canonicamente a Paróquia de São Raimundo Nonato, em caráter amovível. Assim sendo, a Capela filial de São Raimundo Nonato se considere elevada à categoria de Igreja Matriz, com todos os privilégios que lhe são inerentes”...


Gostaria de saber se o primeiro vigário foi Frei Américo e se seu substituto foi Frei Henrique. Também, gostaria desaber por que a Igreja foi transferida dos frades capuchinhos, que a iniciaram e permaneceram nela desde 1941 até a criação da paróquia, para os frades OFM? Fico grato pela postagem da informação e saúdo-os em nome de YAHWEH e seu filho e nosso salvador Jesus, o Messias(Cristo). Francisco MARTINS de Sousa (Maninho ou Profeta).
ResponderExcluirEsqueci de comentar que a postagem do histórico da igreja de S. Raimundo Nonato de sua construção em 1941 até à sua elevação à categoria de paróquia é de suma importância para todos seus paroquianos atuais e todos aqueles que já o foram, em alguma época e, sobretudo, como história dessa paróquia. Acho que essa história deve ter continuidade, escrevendo-se acerca da paróquia e de seus vigários ao longo desses 45 anos. Grato: Francisco MARTINS de Soua (Maninho ou Profeta).
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